Clarice

Clarice

Benjamin Moser

Language:

Pages: 379

ISBN: 8575037668

Format: PDF / Kindle (mobi) / ePub


This book brings the biography of Clarice Lispector, written by the american Benjamim Moser. It reveals some of the major aspects and features of her career, since her humble and poor origins in Ukraine until her international recognition as one of the most conspicuous writers from the XXth Century.
From his research Moser tries to weave the relatioship between her life and work, being an immigrant (though she came to Brazil before she was 1 year old), a feminist avant la lettre, and a sophisticated and not always understood writer on her time.
Aside that Moser tries to capture her "unusual" behaviour for the standards of the second part of that Century and her idiosyncrasies - not very well taken, it's important so say -, by many member of the intelligentsia of her time. Being a jewish woman, an immigrant, an intelectual and respected writer, an independent woman shouldn't have been an easy task on these days.
Recommended for those who cherish Clarice as one of the most important writers in Brazil with a distinguished and original way of telling things on her books.

And the Bridge Is Love (Jewish Women Writers)

Witches, Midwives, and Nurses: A History of Women Healers (2nd Edition) (Contemporary Classics)

Desiring Revolution: Second-Wave Feminism And The Rewriting of American Sexual Thought 1920 to 1982

The Spivak Reader: Selected Works of Gayati Chakravorty Spivak

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

onírico (“Por quê? Teria esquecido de que havia cegos?”), Ana perde o ponto em que devia descer e acaba indo parar no mundo primordial do Jardim Botânico do Rio: E de repente, com mal-estar, pareceu-lhe ter caído numa emboscada. Fazia-se no Jardim um trabalho secreto do qual ela começava a se aperceber. Nas árvores as frutas eram pretas, doces como mel. Havia no chão caroços secos cheios de circunvoluções, como pequenos cérebros apodrecidos. O banco estava manchado de sucos roxos. Com suavidade

do velho amigo Samuel com o presidente. Os ataques contra Wainer e a Última Hora se tornaram cada vez mais agressivos até chegar a seu grande furo jornalístico. Em 12 de julho de 1953, sua manchete bradava: “wainer não nasceu no brasil”. O assunto era da maior importância, porque um estrangeiro não podia, legalmente, ser proprietário de um jornal brasileiro. Eliminar Samuel Wainer e sua Última Hora praticamente garantiria a queda de Getúlio Vargas. A prova do crime era um documento amarelado

tudo, uma dama. Se as descrições soam hoje penosamente datadas, os valores de Helen Palmer não eram alheios a Clarice Lispector, que passara muitos anos na comunidade diplomática. Era discreta a ponto de ser reservada, e até mesmo um tanto pudica; amigos recordam que ela se sentia, por exemplo, um pouco envergonhada por ter se separado do marido. (O divórcio só seria legalizado no Brasil em 1977.) Assim como Helen Palmer, Clarice fazia tudo para não causar inconveniências. A cunhada Eliane disse

Agência Nacional, ela conheceu Getúlio Vargas em pessoa. Ao longo do ano Clarice foi publicando seus escritos não apenas nos órgãos regionais que difundiam as matérias da Agência Nacional, mas também nas revistas literárias da capital, onde apareceram contos e pelo menos um poema de sua autoria.{13} “Depois havia um jornal, Dom Casmurro”, relembrou ela. “Eu também levei umas… umas coisas pra lá. Também assim sem nenhum conhecimento […] Ficaram encantados, me acharam linda! Me acharam com a voz

perturbam sua existência espectral. Como em tantos livros de Clarice, a verdadeira tensão vem da tentativa do indivíduo de salvaguardar seu mundo interior dos ataques de fora. As tentativas de Virgínia de fazer contato com o mundo exterior acabam, sem exceção, em fracasso; nas últimas páginas do livro ela é atropelada por um carro. O simbolismo, nada sutil, é recorrente na obra de Clarice. Em Perto do coração selvagem ele aparece no final: “Já vestira a boneca, já a despira, imaginara-a indo a

Download sample

Download

About admin